Fabricado pela empresa Luftschiffbau-Zeppelin, na Alemanha, o dirigível Graf Zeppelin realizou o seu primeiro voo para a América do Sul em 1930, atracando no Campo do Jiquiá, em Recife, em 22 de maio. Além das autoridades locais, cerca de 15.000 pessoas assistiram a sua chegada. Após essa escala em Pernambuco, o dirigível partiu para o Rio de Janeiro, onde chegou em 25 de maio. Era o primeiro de uma longa série de voos entre Frankfurt, na Alemanha, e o Rio de Janeiro, com parada somente em Recife, para reabastecimento e embarque e desembarque de passageiros e cargas.
No Recife foi construída uma torre para a atracação do Zeppelin (“Torre do Zeppelin”). Já no Rio de janeiro, a instalação de atracação foi inaugurada em 26 de dezembro de 1936, a qual, além de contar com uma torre de atracação, trazida da Alemanha, foi erigido um gigantesco hangar, o “Hangar do Zeppelin”, nas dependências da Base Aérea de Santa Cruz, no bairro de Santa Cruz, na zona oeste da cidade do Rio de Janeiro.
Esse “Hangar do Zeppelin” só foi utilizado nove vezes – quatro pelo Graf Zeppelin e cinco pelo famoso dirigível Hindenburg, que explodiu em maio de 1937, nos Estados Unidos. Após a tragédia com o Hindenburg, o Graf Zeppelin não mais realizou voos, sendo as operações da linha encerradas em 1938.